Publicado em: 14/07/2015 às 10:15hs
A primeira safra de feijão deste ano foi prejudicada devido à estiagem em determinadas localidades do Brasil. Um dos principais locais atingidos foi o estado de Minas Gerais, o segundo maior produtor do grão na primeira safra.
Agora, iniciada a colheita de inverno do grão, o clima deixa de ser o vilão da história e passa a contribuir com a terceira safra do feijão, pois, de acordo com a meteorologista Michele Fernandes, da principal empresa privada de meteorologia do país, a Climatempo, o ar prevalecerá seco.
“Não estão previstos eventos significativos de chuva para Minas Gerais em julho, agosto e setembro [período da terceira colheita]. A temperatura fica mais alta que o normal e o ar seco vai predominar. Com isso, poucas nuvens de chuvas se formam”, diz Michele.
E é exatamente esse o clima que o feijão desta safra precisa: “Não só durante a colheita, mas também no final da maturação, o clima ideal é o seco. Essa é única necessidade da planta na hora da colheita. Temperaturas altas ou baixas não influenciam. Só o excesso de chuva pode atrapalhar”, conta Cleverton Santana, gerente da área de levantamento e avaliações de safras da CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento.
Ainda em comparação com a primeira safra, quando a falta de chuva prejudicou o plantio, o levantamento da CONAB mostra que esta safra do feijão, mesmo com quase 78 mil hectares a menos que a safra de verão, terá uma produção cerca de 20% maior, visto que a primeira safra gerou 164.400 toneladas, e a terceira, conforme estimativa, resultará em 203.500 toneladas.
“O aumento ocorre justamente pelo bom clima e por tratar-se de uma safra que é irrigada, o que permite ao produtor controlar quando se joga ou não água. A produtividade da terceira safra é 2.500 kg por hectares, contra 1.033 kg na primeira”, finaliza Cleverton.
Fonte: Assessoria de Imprensa Climatempo
◄ Leia outras notícias