Setor Sucroalcooleiro

Centro-Sul investe mais no etanol

O Centro-Sul do Brasil impulsionou a produção de etanol hidratado na segunda quinzena de novembro, apesar da menor disponibilidade de cana, uma vez que as vendas do biocombustível, usado diretamente nos tanques dos veículos, continuam aquecidas


Publicado em: 14/12/2017 às 18:20hs

Centro-Sul investe mais no etanol

De acordo com dados divulgados ontem pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), as usinas e destilarias da região fabricaram na segunda metade de novembro 500 milhões de litros de álcool hidratado, alta de 15,4% na comparação anual.

No total, somando-se também o anidro, misturado a gasolina, o Centro-Sul do Brasil produziu 800 milhões de litros de etanol na segunda quinzena de novembro, avanço de 0,6% ante igual período do ano passado.

Essa produção leva em conta um mix de 63,2% da oferta de cana para o álcool e de 36,8% para açúcar, cuja fabricação na quinzena recuou 35,4%, para 734 mil toneladas.

“Nos meses finais do ciclo agrícola é natural que a produção de açúcar diminua. Neste ano, entretanto, essa condição foi intensificada pelos preços relativos entre o açúcar e o etanol mais atrativos a esse último e pelas condições no mercado de combustíveis, as quais permitiram um avanço considerável nas vendas de etanol”, afirmou o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, em nota.

Ao longo do segundo semestre, a comercialização de etanol cresceu com força no Brasil, resultado de altas tributárias maiores para a gasolina.

Em novembro, as unidades produtoras do Centro-Sul venderam um total de 2,33 bilhões de litros de etanol anidro e hidratado para os mercados interno e externo, expansão de 19% na comparação anual.

Considerando-se apenas a comercialização doméstica de hidratado, foram 1,46 bilhão de litros no mês passado, alta de 40% ante novembro de 2016.

“Esse expressivo volume de etanol hidratado vendido em novembro mostra que existe forte potencial de demanda pelo produto”, disse Rodrigues, avaliando que o ritmo de venda deve permanecer consistente também neste mês, frente à maior competitividade do biocombustível em relação à gasolina.

Fonte: Diário do Comércio

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