Mas uma análise mais profunda mostra que essa visão é fictícia e que a receita cambial do mês tende a um decréscimo em relação a janeiro. Porque, simplesmente, com 18 dias úteis (pelos padrões da SECEX/MDIC), fevereiro corrente tem quatro dias úteis a menos que o mês anterior.

Isso vai, é claro, se refletir ainda mais nos volumes exportados. E os volumes projetados para a totalidade do mês – 28,9 mil/t para a carne suína; 96,6 mil/t para a carne bovina e 255,2 mil/t para a carne de frango – têm os seguintes significados:

a) Para a carne suína, redução de 36% sobre o mês anterior e de mais de 34% sobre fevereiro de 2017;
b) Para a carne bovina, aumento de 22% sobre o mesmo mês do ano passado, mas redução de quase 3% em relação a janeiro último; e,
c) Para a carne de frango, redução de 16,5% e 15% sobre, respectivamente, o mês anterior e o mesmo mês do ano passado.

No momento, as três carnes operam com preços inferiores aos de um ano atrás. E, comparativamente a janeiro passado, o preço médio da carne de frango apresenta valorização de 2,23% e o da carne suína de, aproximadamente, 1%. Já o preço da carne bovina perdeu sustentação e se encontra mais de 6% aquém do alcançado há um mês.