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Café: Cotações do arábica operam com alta próxima de 50 pts nesta manhã de 2ª na Bolsa de Nova York

Por volta das 09h15 (horário de Brasília), o contrato setembro/18 registrava alta de 45 pontos, cotado a 101,65 cents/lb, enquanto o dezembro/18 anotava 105,40 cents/lb com 70 pontos de avanço


Publicado em: 20/08/2018 às 10:50hs

Café: Cotações do arábica operam com alta próxima de 50 pts nesta manhã de 2ª na Bolsa de Nova York

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta próxima de 50 pontos nesta manhã de segunda-feira (20). O mercado externo do grão se ajusta tecnicamente depois de fechar a semana passada com forte queda acumulada diante de pressão do câmbio e fatores técnicos.

Por volta das 09h15 (horário de Brasília), o contrato setembro/18 registrava alta de 45 pontos, cotado a 101,65 cents/lb, enquanto o dezembro/18 anotava 105,40 cents/lb com 70 pontos de avanço. Já o vencimento março/19 subia 65 pontos, valendo 108,60 cents/lb e o maio/19 tinha valorização 70 pontos, a 111,00 cents/lb.

No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 430,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 427,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 419,00 a saca.

Veja como o mercado fechou na sexta-feira:

Café: Bolsa de NY fecha a semana com queda acumulada de 5,42% e quase perde patamar de US$ 1/lb com câmbio

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta sexta-feira (17) com queda de cerca de 50 pontos. O mercado voltou a ser fortemente pressionado pelo câmbio e quase perdeu o patamar de US$ 1 por libra-peso. Na semana, a baixa acumulada foi de 5,42%.

O vencimento setembro/18 encerrou a sessão com queda de 50 pontos, cotado a 101,20 cents/lb e o dezembro/18 registrou 104,70 cents/lb com recuo de 65 pontos. Já o contrato março/19 teve baixa de 60 pontos, a 107,95 cents/lb e o maio/19 anotou 110,30 cents/lb com desvalorização de 60 pontos.

Com o fechamento desta sexta, o mercado completa a oitava queda consecutiva e, segundo informações da Reuters internacional, o segundo vencimento do grão no terminal chegou a tocar mínimas de 2008. A principal pressão aos preços externos segue sendo da desvalorização do real

"Os fundos e os especuladores estão ávidos para vender este mercado", disse Carlos Mera, analista sênior do Rabobank, para a agência de notícias. Os especuladores têm grandes apostas baixistas na commodity. O dólar tem se valorizado forte nos últimos dias.

Nesta sexta, a moeda encerrou o dia com alta de 0,24%, a R$ 3,9147 na venda, distante da máxima do dia. O mercado trabalhou com cautela diante da cena política local após maior alívio diante das tensões com China e Estados Unidos. Na semana, a alta acumulada da divisa foi de 1,31%.

As oscilações cambiais impactam diretamente nas exportações do café e refletem nos preços externos e internos do grão. O Brasil é o maior produtor e exportador de café. De acordo com destaque da Volcafe, os preços praticados pelo café no momento chegam a ficar abaixo dos custos de produção em origens brasileiras.

Em atenção ao dólar e fatores técnicos, o mercado do arábica ignorou informações fundamentais. As chuvas acumuladas dos últimos em áreas produtoras de café do Brasil fizeram com que floradas precoces fossem registradas em lavouras das variedades arábica e conilon e envolvidos acompanham atentamente a condição.

"Lavouras de arábica estavam começando a mostrar estresse, devido à falta de chuva nos últimos meses. Algumas precipitações foram relatadas há uma semana, mas não chove desde então e há preocupações com a florada precoce", disse em relatório na segunda-feira (13) o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

Enquanto dúvidas sobre a próxima temporada começam a surgir no mercado do café, a colheita da safra 2018/19 caminha para a finalização. A consultoria Safras & Mercado divulgou nesta quinta-feira os trabalhos atingiram 88% até o dia 14 de agosto. No conilon, os trabalhos já foram finalizados. O avanço foi de pouco mais de cinco pontos percentuais de uma semana para a outra.

Na semana passada, até o dia 9 de agosto, a comercialização estava em cerca de 38% de uma produção estimada em 60,5 milhões de sacas, segundo a consultoria.

Mercado interno

O mercado brasileiro de café seguiu com negócios isolados no Brasil durante a semana. Os preços nesta sexta-feira acompanharam a queda externa ou ficaram próximos da estabilidade. "Apesar de a liquidez seguir baixa, os avanços do dólar e das cotações externas do arábica impulsionaram os preços internos do arábica nos últimos dias, cenário que permitiu o fechamento de alguns negócios no spot", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 460,00 – estável. Não houve oscilações no dia dentre as praças.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 440,00 – estável. Não houve oscilações no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca R$ 435,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças verificadas ocorreu no Oeste da Bahia (AIBA) com baixa de 1,19% e saca a R$ 415,00.

Na quinta-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 416,55 e queda de 1,85%.

Fonte: Notícias Agrícolas

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