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Café: Bolsa de Nova York realiza ajustes nesta manhã de 5ª feira após seis quedas consecutivas

Por volta das 09h34 (horário de Brasília), o contrato setembro/18 registrava alta de 40 pontos, cotado a 102,80 cents/lb, enquanto o dezembro/18 anotava 106,30 cents/lb com 30 pontos de avanço


Publicado em: 16/08/2018 às 11:10hs

Café: Bolsa de Nova York realiza ajustes nesta manhã de 5ª feira após seis quedas consecutivas

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta manhã de quinta-feira (16). O mercado externo do grão realiza ajustes depois de recuar forte na véspera e completar o sexto pregão seguido no vermelho. Além disso, operadores seguem atentos ao Brasil.

Por volta das 09h34 (horário de Brasília), o contrato setembro/18 registrava alta de 40 pontos, cotado a 102,80 cents/lb, enquanto o dezembro/18 anotava 106,30 cents/lb com 30 pontos de avanço. Já o vencimento março/19 subia 30 pontos, valendo 109,55 cents/lb e o maio/19 tinha valorização 30 pontos, a 111,95 cents/lb.

No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 430,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 427,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 419,00 a saca.

Veja como fechou o mercado na quarta-feira:

Café: Bolsa de Nova York recua mais de 200 pts com aversão e câmbio e toca mínimas de 2013 nesta 4ª

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quarta-feira (15) com queda de mais de 200 pontos. Pesou sobre os preços no dia a forte desvalorização do real ante o dólar. Com esse recuo, o mercado já completa a sexta queda consecutiva.

O vencimento setembro/18 encerrou a sessão com queda de 265 pontos, cotado a 102,40 cents/lb e o dezembro/18 registrou 106,00 cents/lb com recuo de 250 pontos. Já o março/18 anotou 111,65 cents/lb com desvalorização de 250 pontos e o maio/19, mais distante, teve baixa de 240 pontos, cotado a 111,65 cents/lb.

As perdas desta quarta fizeram com que as cotações da variedade tocassem mínimas de 2013, segundo informações da Reuters internacional. "A situação turca está afetando as moedas de países emergentes, com o real ficando mais fraco contra o dólar", disse Jason Estrada, operador sênior na INTL FCStone.

O dólar comercial encerrou a sessão com alta de 0,87%, cotado a R$ 3,9007 na venda, atingindo o maior patamar desde julho deste ano. Investidores seguem reagindo ao cenário externo, ainda fortemente afetado pela situação econômica turca. Além disso, o cenário político brasileiro também pesou com nova pesquisa divulgada.

As oscilações cambiais impactam diretamente nas exportações da commodity e refletem nos preços externos e internos do grão. O Brasil é o maior produtor e exportador de café.

Essa tensão no mercado financeiro internacional impactou diversas outras commodities e índices no dia. Na Bolsa de Chicago, os grãos também recuaram de forma bastante expressiva, especialmente soja e trigo, enquanto os futuros do milho vinham amenizando suas perdas.

Com as últimas quedas técnicas, operadores têm ignorado informações sobre a safra brasileira. "Lavouras de arábica estavam começando a mostrar estresse, devido à falta de chuva nos últimos meses. Alguma chuva foi relatada há uma semana, mas não chove desde então e há preocupações com florada precoce", explicou em relatório o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

Na terça-feira (14), a Cooxupé (Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé), maior do grão no mundo, atualizou os dados de colheita, que já atinge 77,84% até a última sexta-feira (10), segundo levantamento divulgado pela entidade. Os trabalhos avançaram mais lentamente por conta das chuvas recentes no cinturão produtivo.

Mercado interno

O mercado brasileiro segue lento em comparação com outros anos em entrada de safra. Os preços internos acompanharam a baixa externa ou ficaram próximos da estabilidade nesta quarta nas principais praças de comercialização do país.

"Apesar de a liquidez seguir baixa, os avanços do dólar e das cotações externas do arábica impulsionaram os preços internos do arábica nos últimos dias, cenário que permitiu o fechamento de alguns negócios no spot", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP), (estável), Franca (SP) (estável), Guaxupé (MG) (-2,13%) e Patrocínio (MG) (estável), ambas com saca a R$ 460,00. A maior oscilação no dia ocorreu em Guaxupé.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 440,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com baixa de 1,61% e saca a R$ 429,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação na Média Rio Grande do Sul com saca a R$ 435,00 – estável. A maior oscilação no dia nas praças verificadas ocorreu em Vitória (ES) com baixa de 2,30% e saca a R$ 425,00.

Na terça-feira (14), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 426,15 e queda de 0,35%.

Fonte: Notícias Agrícolas

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