Café

Café: Bolsa de Nova York estende perdas nesta manhã de 3ª feira após mínimas de 12 anos

Por volta das 09h29 (horário de Brasília), o contrato setembro/18 registrava alta de 10 pontos, cotado a 97,15 cents/lb, enquanto o dezembro/18 anotava 100,85 cents/lb com 10 pontos de recuo


Publicado em: 21/08/2018 às 10:10hs

Café: Bolsa de Nova York estende perdas nesta manhã de 3ª feira após mínimas de 12 anos

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve baixa nesta manhã de terça-feira (21) e estendem perdas após registrar mínimas de 12 anos. O mercado externo chegou a trabalhar em alta mais cedo, mas voltou a recuar ainda com forte pressão do câmbio e outros fatores técnicos.

Por volta das 09h29 (horário de Brasília), o contrato setembro/18 registrava alta de 10 pontos, cotado a 97,15 cents/lb, enquanto o dezembro/18 anotava 100,85 cents/lb com 10 pontos de recuo. Já o vencimento março/19 caía 10 pontos, valendo 104,25 cents/lb e o maio/19 tinha desvalorização 10 pontos, a 106,65 cents/lb.

No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 410,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP), em Guaxupé (MG) os preços estavam cotados a R$ 413,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 407,00 a saca.

Veja como fechou o mercado na segunda-feira:

Café: Cotações do arábica recuam mais de 350 pts e ficam próximas de perderem patamar de US$ 1 em NY

Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta segunda-feira (20) com queda de mais de 350 pontos. Com nova pressão do dólar, o mercado atingiu os menores níveis em 12 anos com os principais vencimentos próximos de perderem o patamar de US$ 1 por libra-peso.

O vencimento setembro/18 encerrou a sessão com queda de 385 pontos, cotado a 97,35 cents/lb e o dezembro/18 registrou 101,05 cents/lb com recuo de 365 pontos. Já o contrato março/19 teve baixa de 345 pontos, a 104,50 cents/lb e o maio/19 anotou 106,90 cents/lb com desvalorização de 340 pontos.

O mercado futuro do arábica já completa a nona sessão seguida de baixa com pressão importante do câmbio e outros fatores técnicos. Apesar de o setembro/18 ficar abaixo de US$ 1, o contrato referência ainda se mantém acima desse patamar. As cotações chegaram a testar alta pela manhã.

Segundo informa a Reuters internacional, a depreciação da moeda brasileira em relação à norte-americana melhora os preços em real. Por isso, as cotações externas do café tendem a oscilar acompanhando o câmbio. O Brasil é o maior produtor e exportador do grão no mundo.

O dólar comercial fechou a sessão desta segunda-feira com alta de 1,10%, cotado a R$ 3,9577 na venda. Investidores no mercado mantiveram cautela diante divulgação da pesquisa eleitoral CNT/MDA que trouxe Geraldo Alckmin (PSDB) ainda com baixa intenção de voto.

"Qualquer candidato que mostre crescimento melhor que Alckmin vai fazer preço", afirmou para a Reuters o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

Com fatores técnicos, o mercado tem ignorado os fundamentos. "Ideias de forte produção no Brasil e Vietnã estão mantendo os futuros sob pressão de venda. Produtores em ambos os países não estão vendendo, embora ocorra alguns relatos de grandes vendas no Brasil", disse em informativo o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

A consultoria Safras & Mercado divulgou na última quinta-feira (16) que os trabalhos de colheita do café no Brasil atingiram 88% até o dia 14 de agosto. No conilon, a colheita já havia sido finalizada. O avanço foi de pouco mais de cinco pontos percentuais de uma semana para a outra.

Na semana passada, até o dia 9 de agosto, a comercialização estava em cerca de 38% de uma produção estimada em 60,5 milhões de sacas, segundo a consultoria.

Mercado interno

O mercado brasileiro continua com menor ritmo de negócios em relação aos outros anos com baixos preços no país. "Como todo início de ano-safra, o mercado físico de arábica continua com bom volume de lotes ofertados e grande interesse comprador. No entanto, os preços oferecidos pelos compradores fazem muitos vendedores recuarem e impedem o fechamento de um número maior de negócios", explicou em informativo o Escritório Carvalhaes.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) (estável), Franca (SP) (-2,17%) e Patrocínio (MG) (-1,10%), ambas com saca a R$ 450,00. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com baixa de 4,44% e saca a R$ 430,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 430,00 e queda de 2,27%. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com recuo de 2,38% e saca a R$ 410,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Vitória (ES) com saca R$ 435,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças verificadas ocorreu em Varginha (MG) com baixa de 2,41% e saca a R$ 405,00.

Na sexta-feira (20), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 415,24 e queda de 0,31%.

Fonte: Notícias Agrícolas

◄ Leia outras notícias