Setor Sucroalcooleiro

Biosev inicia safra 2018/2019 com alta de 17,1% na moagem e mix de etanol recorde dos últimos 7 anos

A Biosev S.A. (B3:BSEV3), uma das líderes do setor sucroenergético brasileiro, terminou o primeiro trimestre da safra 2018/2019 com crescimento de 17,1% na moagem, alcançando 11,3 milhões de toneladas


Publicado em: 15/08/2018 às 12:20hs

Biosev inicia safra 2018/2019 com alta de 17,1% na moagem e mix de etanol recorde dos últimos 7 anos
  • Moagem cresce 17,1% e alcança 11,3 milhões de toneladas de abril a junho
  • Mix de etanol alcança 64,9%, avanço de 17,9 pontos percentuais
  • Volume de ATR Produto cresce 17,3%, para 1,358 milhão de toneladas
  • Redução de CPV é de 7,4%; despesas administrativas recuam 35%

A Biosev S.A. (B3:BSEV3), uma das líderes do setor sucroenergético brasileiro, terminou o primeiro trimestre da safra 2018/2019 com crescimento de 17,1% na moagem, alcançando 11,3 milhões de toneladas. Destacaram-se os Polos Ribeirão Preto Norte com alta de 14,2%, para 4,3 milhões de toneladas, e Mato Grosso do Sul, com avanço de 41,8% e volume de 2,9 milhões de toneladas.

Esse resultado se deve ao aumento de 29,7% na área colhida e na elevação de 12,7% do processamento de cana de terceiros. O volume de produção, medido pelo ATR Produto, cresceu 17,3% em relação a igual período da safra passada e atingiu 1,358 milhão de toneladas.

Com o objetivo de aprimorar a gestão de ativos industriais e agrícolas, a Biosev alterou a composição de seus polos. O antigo Polo Ribeirão Preto foi reorganizado em Polo Ribeirão Preto Norte - com as unidades Vale do Rosário, Continental e MB - e Ribeirão Preto Sul, que abrange as unidades Santa Elisa e Leme. O Polo Ribeirão Preto Sul processou 3 milhões de toneladas de cana no trimestre.

No mix de produtos, o etanol subiu 17,9 p.p e atingiu 64,9%, o maior percentual para o período dos últimos 7 anos, em função da maior rentabilidade corrente frente ao açúcar. Com plantas de cogeração de energia elétrica - que garantem autossuficiência durante a safra e capacidade de gerar energia excedente para comercialização - a Biosev gerou 317 GWh para venda no primeiro trimestre da nova safra, um aumento de 13,7%.

A receita líquida, excluindo os efeitos contábeis (não caixa) do “hedge accounting” da dívida em moeda estrangeira, atingiu R$ 1,9 bilhão no 1T19, redução de 2%, em relação ao ano anterior, basicamente, em função da estratégia de carregamento de açúcar. Como destaque, o etanol alcançou receita líquida de R$ 591 milhões no primeiro trimestre da nova safra, um aumento de 9%, decorrente da maior eficiência na produção de etanol e do melhor preço se comparado ao do açúcar.

A receita líquida do açúcar somou R$ 464 milhões, redução de 47,1%, resultado das quedas de 41,8% em volumes e de 9,2% em preços médios. Em energia, houve aumento de 59% na receita líquida, para R$ 110 milhões, basicamente em linha com o crescimento de 58,8% no volume de vendas (que incluem as operações de trading de energia – compras em mercado para revenda).

A Biosev segue fortalecendo a disciplina financeira e alcançou no trimestre redução de 7,4% no Custo de Produtos Vendidos (CPV). Em termos absolutos, o CPV caixa ex-revenda alcançou R$ 613 milhões, redução de 18,6%, com melhoras observadas em todas as linhas de custos. As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 58 milhões, redução de 35%, resultado dos processos de otimização das estruturas operacionais e organizacionais.

O EBITDA ajustado (excluindo revenda/HACC) somou R$ 245 milhões, redução de 13,04% na comparação com igual período da safra anterior, principalmente por causada estratégia de carregamento e venda de estoque de açúcar por melhores preços ao longo dos próximos trimestres. A margem EBITDA alcançou 23,7%, aumento de 0,8 ponto percentual.

O resultado do período apresentou prejuízo de R$ 506 milhões decorrente, principalmente, de um efeito não caixa no montante de R$ 525 milhões, referente à variação cambial sobre a dívida em moeda estrangeira.

“Os resultados do primeiro trimestre da safra refletem a nossa estratégia de reduzir custos, ajustar níveis de CAPEX e gerar fluxo de caixa positivo de maneira sustentável”, afirma Juan José Blanchard, presidente da Biosev desde julho desse ano. “Destaco ainda a rápida e significativa alteração de mix garantida pela flexibilidade das usinas e as melhorias operacionais, que somadas ao reperfilamento da dívida e capitalização recentes fortalecem as condições de continuidade do nosso plano de negócios.”