Apicultura

Alimentação artificial é opção para combater desnutrição na apicultura

Técnicas de manejo alimentar, especialmente em períodos de entressafra, são destaque do relatório de inteligência setorial do Sistema de Inteligência Setorial do Sebrae


Publicado em: 15/03/2017 às 15:00hs

Alimentação artificial é opção para combater desnutrição na apicultura

O clima tem influência direta na atividade apicultora. Períodos de frio, chuva e seca impactam plantas e solos e, consequentemente, a vida e a alimentação das abelhas, que podem ficar desnutridas em períodos como a entressafra e o inverno. Para evitar o impacto destes fenômenos na produção, o apicultor precisa conhecer técnicas de manejo como a alimentação artificial das abelhas, seus tipos e cuidados. Este é o tema que o Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae destaca em recente boletim disponibilizado gratuitamente aos pequenos produtores do setor. 

A escassez de alimentos para as abelhas impacta diretamente no desenvolvimento de asas e glândulas, no tempo de vida e favorece o aparecimento de doenças. A produção de geleia real e a capacidade de postura da abelha rainha também são afetadas pela desnutrição. Para realizar o manejo de alimentação artificial, é preciso conhecer a alimentação das abelhas, composta por água, carboidratos (açúcares), proteínas, vitaminas, sais minerais e lipídios (gorduras) - nutrientes obtidos a partir do consumo de água, mel e pólen das flores.

Como fazer

Sem a alimentação natural, o trabalho alternativo deve ser feito a partir da combinação destes elementos, de duas maneiras diferentes:

• Líquida: usando xaropes, ou caldas, que estimulam o crescimento dos enxames. São originados a partir de alimentos secos, em calda de água, açúcar, glicose e mel;
• Pastosa: obtida a partir da mistura de mel ou xarope ou açúcar invertido e alimentos secos, até obtenção de consistência pastosa. Auxiliam no crescimento e na manutenção do enxame e no estímulo à postura da rainha.

A nutrição artificial pode ser oferecida em alimentadores coletivos ou individuais. Os coletivos são práticos e que não requerem muita manutenção: são cochos grandes colocados a 50 metros de distância do apiário. Os alimentadores individuais podem alimentar uma colmeia, sendo colocado dentro dela, entre quadros ou no fundo. A principal vantagem é de alimentar e medicar as colmeias mais necessitadas.

O relatório do SIS/Sebrae também indica algumas receitas de alimentação líquida e pastosa envolvendo os nutrientes necessários, como o xarope proteico (mistura com 55% de açúcar, 40% de água e 5% de proteína vegetal texturizada - farinha de soja ou levedura de cerveja, por exemplo), e a pasta energética, com mel ou xarope e açúcar mascavo. O mel utilizado na alimentação artificial deve ser do próprio apiário e de uma colheita anterior, para evitar doenças de outros locais.

Fonte: Dialetto

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