Saúde Animal

Doença respiratória de bovinos


Publicado em: 02/08/2011 às 15:11hs

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Mais comumente conhecida por pneumonias, as doenças respiratórias dos bovinos (DRB) causam sérios prejuízos à pecuária mundial, tanto no segmento leiteiro como no de corte. Frequentemente associadas a períodos frios podem, entretanto, ocorrer durante todo o ano variando conforme o sistema de criação e alterações climáticas do ambiente. As DRB são decorrentes do desequilíbrio entre as defesas naturais dos animais e os desafios ambientais a que são submetidos, por isso a importância da prevenção por meio da redução de estresse de manejo e o tratamento precoce quando surgirem os primeiros sinais da doença.

Destaca-se que quando os animais são expostos a algum estresse, como mudanças abruptas no sistema de criação, alterações climáticas e transporte, há a possibilidade de ocorrer depressão do sistema imune o que interfere nos mecanismos de limpeza e de defesa do aparelho respiratório dos bovinos, favorecendo a proliferação de microorganismos no trato respiratório e o estabelecimento da doença respiratória bovina propriamente dita. (HARLAND et al., 1991; LAVAL et al., 1994; COUTINHO, 2004; GRIFFIN, 2007; MARGARIDO et al., 2008; VECHIATO, 2010)

Em animais criados a campo ou em sistema semi-intensivo, a maior incidência de problemas respiratórios se dá logo após a exposição a alterações climáticas ou ambientais abruptas, sendo que bezerros e vacas leiteiras são mais sujeitos à doença.

Em confinamentos, a maior incidência de problemas respiratórios ocorre nas três primeiras semanas sendo que 10% acontecem do primeiro ao sétimo dia; até 60% até o décimo quinto dia; e até 80% podem surgir até o vigésimo primeiro dia de confinamento. A partir do trigésimo dia ao abate, a ocorrência de problemas respiratórios cai para menos de 10%. (COUTINHO, 2004)

O primeiro sinal clínico da doença é a febre, que pode ser observada por meio de termômetro e/ou da observação do animal com pelos arrepiados e chanfro seco e quente. Secreções nasais são observadas somente com a evolução da doença para o que se chama de fase 2 da doença, que indica a necessidade imediata de tratamento.

Para tanto, recomenda-se uma droga de amplo espectro e de rápida ação para interromper imediatamente a proliferação bacteriana, impedindo que mais áreas do pulmão sejam comprometidas. Um anti-inflamatório também é muito bem-vindo, uma vez que favorece a recuperação do animal.

Como sugestão de tratamento, a Ourofino tem o Norflomax, um produto à base de norfloxacina que tem ação rápida e contundente contra pneumonias. O produto deve ser aplicado na dose de 1mL para cada 30Kg por 3 dias seguidos, período em que certamente se observará a plena recuperação do animal.

Outra boa opção de tratamento é o Penfort PPU, um produto com uma combinação de duas penicilinas e uma estreptomicina. Age imediatamente e permanece ativo por até 72 horas, o que lhe permite o tratamento em dose única. A dose indicada para o tratamento é de 1mL/Kg.

Marcus Rezende, diretor do Departamento Técnico da Ourofino Agronegócio

Fonte: Ourofino Agronegócio

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